As horas passam
E na crucificação do tempo
Morre de velho
O último desejo.
Crônos, o senhor do século,
Organiza a mazela do destino.
E como um asno a puxar entulhos,
Vai carregando os dias
Na miserabilidade do milênio.
Tempo, tempo, tempo.
Eis a história dos humanos
Que no correr veloz das eras,
Crucificam-se, feito bestas,
Aos ponteiros do relógio.
Humberto Firmo
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