Eu tenho um amigo, poeta.
Que gosta de cata-ventos
Que anda comigo pelas ruas da cidade
De corpo curvado e sobrancelhas atentas.
Eu tenho um amigo
Que segue comigo para onde eu vá
Andando por essas ruas da cidade
Adivinhando casas,
Adivinhando portas e janelas.
Eu tenho um amigo, já velhinho
Que percorre comigo as calçadas
Dessas ruas silenciosas da cidade
Admirando quintais,
Admirando cercas e moças nas varandas.
Eu tenho um amigo
Que caminha comigo, lado a lado,
em silêncio
Seguindo por ruas ainda não pisadas
por nossos passos.
(Humberto Firmo)
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