Os artistas vivem cometendo excessos:
rasgam, pintam, quebram.
extrapolam as medidas do possível.
Um explosão de egos, umbigos, e mãos em tintas
olhar-se no espelho e ver outra pintura.
extrapolam o vago e o oco da mesma paleta.
Artistas extravazam as molduras;
atingem outros, em outros mundos.
Rasgam. Pintam. Quebram.
De repente surge o espanto:
a arte tranforma-se em obra
vai à museus, frequenta salões...
Depois, o artista e não a arte, recolhe-se ao seu canto;
contemplando o próprio umbigo
e pensando que é todo um mundo.
Humberto Firmo
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