Esse barulho de água que me corre por dentro
vem lá do corguinho.
o corguinho que um dia passou por mim
quando eu ainda era menino.
esse barulho de chuva
que chove por dentro,
encharcando meus ossos, meus vazos,
é a mesma chuva, ainda é a mesma chuva,
de quando eu brincava na rua em pleno temporal.
esse assobio que ouço
e que ainda chega aos meus ouvidos,
enchendo meus olhos e cabelos de poeira,
é o mesmo assobio dos ventos e dos redemoinhos
que costumavam vir brincar comigo em algum setembro.
esse queimado de sol que ainda carrego
esturricado aos ombros,
de tanto ficar o dia com o dia todo,
ainda é o mesmo que me levava ao corguinho me refrescar
e sentir as águas por dentro de mim.
que vida é essa que me acompanha, até hoje, sem me matar?
o corguinho que um dia passou por mim
quando eu ainda era menino.
esse barulho de chuva
que chove por dentro,
encharcando meus ossos, meus vazos,
é a mesma chuva, ainda é a mesma chuva,
de quando eu brincava na rua em pleno temporal.
esse assobio que ouço
e que ainda chega aos meus ouvidos,
enchendo meus olhos e cabelos de poeira,
é o mesmo assobio dos ventos e dos redemoinhos
que costumavam vir brincar comigo em algum setembro.
esse queimado de sol que ainda carrego
esturricado aos ombros,
de tanto ficar o dia com o dia todo,
ainda é o mesmo que me levava ao corguinho me refrescar
e sentir as águas por dentro de mim.
que vida é essa que me acompanha, até hoje, sem me matar?
Humberto Firmo
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